O aquaviário
Quando a balsa chegou os ilhéus sorriram…
Quanta alegria!
Criaram as rotas com sabedoria,
entre o rio e o mar…
Fizeram passeios… Longínquas viagens…
Inesquecíveis cruzeiros…
Da ilha ao continente e vice-versa,
sempre a navegar!
Mas a vida insensível, veloz e perversa,
se fez novidade!
Construíram a ponte que ligava à cidade
E os ilhéus aplaudiram…
Que felicidade!
A balsa ancorou à beira do cais…
Os percursos de outrora, ela já não faz mais.
Só sente saudade…
Não pode competir com a modernidade!
E o marinheiro, agora sem rumo, virou motorista…
Dirige na pista o seu belo automóvel…
Faz lindos passeios e longas paragens
por novos roteiros…
Vê outras paisagens!
A ponte, gigante e imóvel, é pura esperança!
Mas a balsa tão móvel, antes progresso,
é quase lembrança…
Tornou-se um roteiro cultural e artístico!
Ganhou nome distinto de “Aquaviário”!
E o Porto, o belo recinto do nobre cenário,
um ponto turístico!
Adriribeiro/@adri.poesias