Noturno
Espaço num passo, próximo instante, olhar distante, infinito labirinto, som da noite, num galope flutuante, nas asas da imaginação permitida, cautelosamente falada, calada solidão, pensamento constante, imensidão das galáxias, estrelas de radiantes raios, longos tambores. A água é a fonte da vida há quem diga, me diga. O amor com sua essência viva, espasmos silenciosos. Dos encantos que resiste, existe, persiste, insisti. Nunca diga não precisava, não precisa, nem diga, não fale, jamais repita. Tudo tem seu momento exato de ser na sua razão de acontecer, transformar. No sentido da beleza, no sentido da atração, no sentido do amor sua própria existência. Na mente inquieta de um intenso pensar, estar, querer, ficar, ganhar, perder, sorrir, chorar, falar, amargo calar. A belíssima noite, dona de seus mistérios no seu luar, teu olhar de eternos apaixonados, seres aproximados, traçados destinos iguais. Noturno, é momento do amor sereno dos amantes, qualquer estação, grande vibração, intensa loucura, no pulsar das veias do velho jovial, expansivo, expressivo coração, longa chama mantendo acesa, aquecendo seu calor nas brasas da fogueira, que queima sem cessar, na realidade das coisas sinceras.