Liberdade 52
Não serei a Autora que finda mais um trabalho, ao encerrar na inspiração para estar nesta prosa.
Serei o instrumento de Deus ao final da obra, no dever cumprido.
O ser regozijando em Deus, em satisfação e amor, por ter realizado o que deveria.
Assim foi como me senti nas outras produções literárias que deixarei para o mundo.
Quando li há pouco a frase dita por Trigueirinho: " Não sou Autor, sou instrumento", me vi nela.
Ele, abnegado ao serviço, saiu de um entroncamento de vida humana para servir a um propósito maior, o de instruir seres para a consciência do viver em fraternidade, seja de qual religião fosse, recebendo orientações dos Seres mais adiantados no caminho evolutivo, que vivem em mundos superiores, deixando um legado aos terráqueos, escritos e costumes que reiteram como viviam os ancestrais do viver as primícias do Amor Sabedoria, prenunciando os fatos que eclodiriam neste tempo, capacitando Almas afins que, de discípulos , sairiam servidores, semeariam seus ensinamentos neste tempo definidor, e transitório.
Ele mesmo diz, ao discorrer sobre algumas considerações extraídas do Livro " O Tratado dos Sete Corpos", que não seria somente estar em silêncio para então ser na calma, para o toque intuitivo.
A Alma aprendente deveria estar desperta para as energias dos sete raios Divinos restauradores, a saber: vontade e poder, Amor Sabedoria, Inteligência ativa, Harmonia dos opostos, Conhecimento concreto, Devoção, Ordem e organização ao Rítmo da vida
São partículas constituintes das nossas partículas essenciais, inclusive, e essencialmente, energias imanentes primordiais, subjacentes e constituintes das partículas atômicas do corpo físico.
Silenciando, estando o ser no standbay, a mente se reorganiza por si, sem cabresto, fazendo com que tudo caminhe para a fusão das intenções dos três corpos( mente, corpo, e emoções), dentro da personalidade, no Um, pela intuição, e nela, cada Alma se revelará nas tendências para o aprendizado no caminho evolutivo, afinando cada um com uma, várias, ou todas as energias primordiais da criação, ( 7 raios), sabendo que quem estará a governar a própria alma é o Eu Superior, o Atman, o Espírito Maior.
Madre Tereza de Calcutá deixa a dica, o amor tem que doer para estar para o serviço na Seara, será assistência social tão somente, a Alma fará o bem, tão somente, não realizando o serviço para a Grande Obra, se não ter havido desperto em si, antes, como condição essencial, o Amor Incondicional a Deus, como único Senhor, a Fonte adivina Universal, dono de suas Almas e de tudo que há.
Estará para o trabalho para a Grande Obra simplesmente porque ama a Deus sobre todas as coisas, e o próximo como si mesmo. Simplesmente.
Ela disse, é estando entre os pobres, com os mais pobres, sem nenhuma posse, que se tornou livre, servindo.
Não lembra o ato sacrificial que Jesus Cristo fez? como também, outros deste orbe que o sucedeu? Mandela, Gandhi, Yogananda, krisnamurti, Osho, e até antes dele, Viasa e os compendiadores da Ciência Espiritual Indiana Antiga).
Sobre as verdades da ciência milenar espiritual indiana, Giridhari Das( Gustavo Dauster), não estaria tratando do mesmo assunto essencial que Trigueirinho, no Livro: "Descubra seu propósito: Os 7 Dharmas, e tantos outros das mais diversas culturas e civilizações existentes na Terra, extintas, outras não?
E eu, mesmo deficiente de saúde num corpo físico oxidado, presa fácil dos condicionamentos do ego, uma vez sentindo regozijo por sentir ser filha da Paternidade Divina Universal, renunciarei a esta vontade que me consome e me ejeta diariamente, compelindo-me compor narrativas, falando das questões do sentir mais profundo do meu ser?
Me negaria ao chamado?
A fome das Almas do mundo não é somente de pão, mas de vida com significado.
A miséria está disseminada, a morte faz seu serviço, ceifando Almas que não se acham no serviço para a Grande Obra, não se acham no significado de quem são. Desistiram de viver em Deus, em Felicidade.
Muitos os famintos, poucos os trabalhadores.
E eu, mesmo frágil para o ensino, ainda aprendente das coisas do Alto, errante, como qualquer ser neste tempo desértico de significado, me negaria expressar o que sinto no mais profundo do ser?
Abafar o que me impulsa para escrever o que sinto, seria como colocar um peso sobre uma tartaruga, muito além do que pudesse carregar, e a arrastasse através de uma corrente em seu pescoço, para que ela andasse na marra.
Selá.