Tereza
Tereza,com seus olhos castanhos e inebriantes. Tereza, cheia de sonhos. Tereza, que por tantas vezes guardou seus planos e anseios mais secretos, por papéis soltos dentro de uma gaveta escura.
Tereza, ouviu uma vez de um poeta, que navegar é preciso. Justo ela, que parecia ter uma âncora no tornozelo.
Tereza, eu te vejo. E o espanto não é somente seu. Há espanto para todo lado, nesse labirinto espelhado.
Tereza, você não falhou para o mundo. Ele continua sendo seu, mesmo na hora que você o tateia apenas com a ponta dos dedos. Como quem tateia uma pele fina, de alguém que dorme profundamente e não quer ser despertado.
E há tanta ternura nesse teu gesto.
Mesmo que seja por medo, desse mundo acordar e te devorar inteira.