Minha pena também já mergulhou num poço profundo.
E me perguntava se minhas asas caberiam
na água que ali jazia inerte e vazia.
Travei imensas batalhas comigo mesma
para atravessar o vale da dor e do sofrimento.
Me guiava por sombras e cantos escuros,
escondida dentro de minha pele
ouriçada de medo e angústias sem fim.
Tão familiarizada estava com a dor que não percebi
quando me estenderam um fio de amor...
Mas um dia eu o vi... e o agarrei.
É o mesmo fio em que me mantenho ligada...
Por isso, quando falo em esperança e amor
não o falo baseada em teorias estéreis e versos sem sentido.
Falo da saída do abismo...
E do Lumiar de Brisa que me salvou de não ser mais eu...