Armadura de papelão

Lembro-me bem do dia em que construí minha armadura e pensei que com ela estaria segura.

Tomei o cuidado para tapar qualquer fenda ou brecha para com ela me sentir protegida.

Mas bastou uma rajada de vento para que tudo se desfizesse.

A armadura foi levada, pois não passava de papelão.

Observei inerte, como igual à folha seca ao vento que uivava e levava para longe minha armadura, me deixando impotente e desabrigada.

Me senti nua e exposta novamente.

E, sabia que mais uma vez as fagulhas da vida iriam me machucar.

Como tal previ, aconteceu