a guerra dos 7 anos que aconteceu em 7 segundos

A janela que você abriu já não pode ser fechada. Eu vejo seus olhos e eles dançam, sim, eles dançam, rodopiam, cintilam mais que qualquer cometa que já ousou sublinhar o céu. Eu posso colher cada palavrinha que chegou aos meus ouvidos antes da sua presença invadir o circuito do autódromo de interlagos, e olha que eu realmente não me importo com automobilismo. É que o seu amor é um piloto que ultrapassa o meu carrinho de brinquedo. Estive montando um castelo sem me importar se ele teria ou não para-raios para me proteger dos seus relâmpagos, e eu sei que são seus, pois essa nuvem que se aproxima tem o formato dos beijos que você atirou contra minha fortaleza. Eu vou chamar essa batalha de a guerra dos 7 anos que aconteceu em 7 segundos, esse é o tempo que leva para a minha mão deslizar por entre seus cabelos até seus lábios. Eu desfaço o nó que você carrega por aí, deve ter um presente que eclode nos últimos momentos de um abraço, e dessa vez eu vou ficar para assistir tal como uma criança ansiando por mais um aniversário logo depois de soprar as velinhas.