Na tela

Na tela,

Entre as rochas da praia, descanso. Alimento as células com os raios solares e os minerais que acolhem meu corpo.

Deito no silêncio do céu e estendo meus pensamentos ao barulho das águas.

Profundas como quem a mar dentro, se lança e não toca o chão.

Amando o encontro da vida. Eu,os minerais e as águas beirando o ar.

E aí, um desejo. Brevemente, uma notícia. Partículas de teu ser particularmente me encontram no astral de meu descanso.

Queria ser uma artista que pinta o invisível. Que tem as técnicas da transformação, as manhas das manhãs e as tintas com pincéis ideais.

Talvez não seriam perfeitos, como teus peitos que jorram o leite da vida.

Em teu leito me peito na vida.

Mas, se eu pintasse, a tela estaria colorida.

Um arco tocando as bordas do infinito, ponta a ponta.

Com início,meio e fim. . só o amor dá íris ao arco.

A infinitude é amar o todo.

No arco, mil rosas retiradas das plantas que por crença na lida, presenteia-nos com seu orgasmo.

Na tela,um arco, as rosas e eu.

Pisando em minhas histórias, escritas, rabiscadas e registradas nos chãos.

Livros abertos para o teu pé pisar.

Mansinho.

Devagarinho.

Como quem sente o algodão.

Algo dão, em troca de nossa maciez.

Me espera.

O arco é finito.

Mas meu amor não tem fim.

Amanda Simpatía
Enviado por Amanda Simpatía em 16/04/2024
Reeditado em 16/04/2024
Código do texto: T8043197
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