Séculos de opressão
Na trama urbana onde se mesclam cores,
Caminham vidas distintas, mas simétricas em dores.
Nas vielas apertadas, na mansão reluzente,
A busca é igual: justiça, equidade presente.
A mão calejada do operário persiste,
Ao lado do acadêmico, mente que insiste.
Ambos buscam o alvorecer da verdade,
Onde a voz do oprimido ecoe na cidade.
Quebrar correntes de séculos de opressão,
É a dança que embala essa nova canção.
Da favela à avenida, todos têm seu lugar,
Na tessitura da igualdade, a sociedade a bordar.
Não são os títulos, nem a conta bancária,
Que definem a dignidade, a essência primária.
É na igualdade de oportunidades, no respeito mútuo,
Que se ergue o edifício de um mundo mais justo.
Então que ecoem os clamores, os anseios da multidão,
Por uma sociedade onde reine a inclusão.
Onde não se julgue pela raça ou posição,
Mas pelo caráter e pela nobre missão.