Como o ar e a lenha
A vida é como um pássaro pequeno e frágil que, temos por obrigação e valor zelar.
Cada momento é uma pena, um piar.
A vida canta.
Canta melodia doce e distinta de cabeça para cabeça, coração para coração.
O coração as vezes aperta e falha e a cabeça é puro despertador barulhento, tumultuado de afazeres e preocupações
Estas tão irreais quanto tentar pegar o vento com as mãos, mas ao mesmo tempo tão reais quanto um pingo gélido de chuva em nossas testas.
A vida é um crepitar das chamas onde confiamos no frasco de gasolina e recebemos água em muitas das vezes, nestas devemos crer que a vida não é chama, mas lenha que, pode até ser molhada, porém poderá ser reaquecida.
Devemos sem mas, acreditar que a vida é maleável, moldável para não nos encurralarmos nas nossas e alheias encruzilhadas e devemos sempre estar atentos de que a nossa mente precisa ser um ralo para que flua tudo aquilo que for matéria etérea e a pesada possamos nos livrar para não sermos cargas pesadas ou um corpo que apenas ocupa um espaço sem propósito pois, a vida nada em contrapartida disto.
Ela vaga como o vento, seguindo suas próprias direções e intensidades.