Plenos
Há uma paz que nos torna plenos. Aquela calmaria de uma casa no campo. Se sentir fazendo parte de um todo, contido nele, misturado à terra, elevado.
Os momentos de silêncio que aguardam a chuva de verão levando o calor embora com seus ventos. A liberdade que pesava agora é profunda como um lago. Calma. Sem pressa. Sem solidão. Contemplação.
Desperta pensamentos sutis como que de uma criança que brinca e descobre. Entende da vida alguns porquês e os demais não cabem em palavras, pois sentimentos elevados se expressam com o coração.
Sendo impossível a descrição de tal paz me sento na varanda. Espero a noite cair. Com ela seus mistérios. Sem medos. Vivendo como louco. Vendo além do superficial.