JÁ TE AMAVA

 

 

É assim que muitas vezes começo a escrever, mesmo quando pouco ou nada tenho para dizer. Existem, também, momentos em que penso apenas assim, sem escrever sequer aquelas duas palavras. Apenas pensando-as. Ambas são o mote do que tenho para dizer. Como se fossem um interruptor ou uma alavanca que me impulsiona a escrever. “Amo-te” é uma forma terna de pedir que abra a porta dos seus pensamentos e que me deixe entrar. Sem invadir ou ocupar demasiado espaço. Quero apenas pairar sobre um manto invisível e dizer aquilo que sinto ou penso e depois sair de mansinho sem perturbar ou deixar vestígios. Por dia, a palavra amor brota dos meus lábios a toda a hora. É uma forma carinhosa de mostrar, inconscientemente, a você que és especial para mim. Faço-o de forma verdadeira instintivamente. É por dizê-la tantas vezes que me custa agora não ter no meu vocabulário um termo que revele eu já te amava... A palavra amor não é suficientemente forte para englobar a imensidão que tenho aqui dentro. Ela se torna pequena perto do que sinto por ti... E agora?… O que posso fazer com todo esse sentimento? Tentar viver!

 

 

*Baú do passado - Escrito em 08/02/2023.