Vamos chamar o vento?
Depois do barro, um sopro e cá estamos e nunca mais paramos. Respiro. Gostaria somente de escrever verdades, mas me inclino a invenção — mote maior pr’um criador. Assim: sovar até que esteja bom, olhar até que veja a si, soprar pra despertar o tino — e aí errar, como todo aquele que cria e então acertar como todo aquele que erra.
Expiro.
Inspiro.
A cada movimento atiço meu elo com Deus. Assim entendo a crença e só quando não desconfio é que faço a fé, então indago: de onde vem? Não para saber dela, mas de mim — que acumulo ventania. Penso. Deus nos dando a natureza de sopro alguma coisa Ele queria com isso. Transpiro.
>>>>>>>>>>O corpo além de não saber, se questiona].
Nanu para desatar nós assoprava assoprava assoprava. Quando ia falar assobiava.
— Vamos chamar o vento?
— Fuuu fufufufufu