O Mestre das estações
Já reparou que aprendemos um pouco com as estações do ano?
E, para mim, o outono é o mestre na docência.
Seu prelúdio é uma euforia, mas, com o passar dos dias, ele nos convida a silenciar para ouvi-lo um pouco mais .
Na sua quietude, sutilmente, o outono nos receita a olhar mais para o céu; às vezes meio, cinza, meio azul, ao cair da tarde, em tom de gratidão.
Nos conduz, sorrateiramente, a prestar atenção, nas nossas ações diárias, a fim de corrigi-las, conservá-las e melhorá-las, mesmo em doses homeopáticas.
O outono, docemente, nos coloca no banquinho do pensamento para nos lembrar que não estamos só; que somos um em muitos de nós; em um (e)terno conflito entre aceitação, desavenças e reconciliações, mas tudo em prol da evolução.
E, elegantemente, impulsiona, diariamente, a nos questionar no nosso íntimo ser: Meu Deus, onde está meu coração?