Trabalhadores...

 

Dois bons homens trabalhadores

Um lenhador

E o outro capinador.

Não eram competidores...

 

Observador e silencioso,

Era o homem que capinava

Fazia aos poucos, eliminando as ervas daninhas.

 

No seu tempo, trabalhava, sentava, e apreciava a sua obra

O trechinho feito estava bom! Concluía com muita alegria!

Cumprimentava os transeuntes e seguia conforme a sua hora.

 

O lenhador era um pouco mais auspicioso e intransigente...

Exauria as suas forças, seguindo um pouco mais que o seu limite.

Queria terminar tudo muito rápido, para poder seguir em frente.

 

E o tempo foi passando muito rápido, sem mais o gosto do domingo

Pensando nas árduas labutas que viriam no dia seguinte.

Chegava em casa muito exausto, perdidamente como um mendigo.

 

Tudo é válido, cada “ser” com as suas escolhas e valias

Mas é comprovado que se puder trabalhar com calma e mais alegria:

O valor é imensamente mais favorável na qualidade de vida.

 

Acordar e sentir prazer, sem o nojo da opressão, seguir livre para o trabalho...

Isso é indiscutível, não tem preço. É questionável diante das necessidades de cada um.

No entanto, se possível quem puder fazer uma escolha, sentir prazer com o seu trabalho...

É tudo de bom!

 

 

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmignan

Prosa poética