Sobre vida e mochilas

Sempre gostei de mochilas.

Sempre me fascinou o quanto podemos guardar dentro delas...

Talvez elas compensem a impotência que sentimos, diante do desejo de guardar momentos especiais da nossa vida.

Desde pequena sempre fui vista carregando mochilas cheias de objetos afetivos, com significados peculiares, instintivos.

Por vezes me sentia envergonhada de explicar porque carregar tanto peso nas costas me dava algum tipo de prazer incompreendido, algum prazer secreto.

Nem eu sabia...

Nem eu compreendia...

Esses dias, já adulta, quando passava os olhos novamente por uma mochila verde (que seria uma ótima aquisição por sinal), várias ideias foram surgindo na minha mente, algumas em forma de memórias ressentidas, outras como respostas que tomaram consciência e voz, se transformaram em palavras com a necessidade de virarem expressão.

Resolvi escrever então esse texto que não parava de conversar comigo para aliviar meu coração.

Quanto de nós cabe na mochila de uma vida em expansão?

Arabella

Amanda Cardoso Figueiras
Enviado por Amanda Cardoso Figueiras em 24/03/2024
Código do texto: T8026672
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