sites literários II

Nos sites literários, no imediatismo da rede 
Os poetas se avolumam; 
E o verbo é derramado, a erudição é quase a não regra; são tantos amores perdidos, frases mais que prontas! 
Quanto samba de uma nota só; 
E esses lugares inacessíveis... Quanto romantismo ultrapassado; 
Ufa! 
O poeta social e suas dores do mundo; 
Parca critica; Quanta alma nobre, quantos floreios esnobes; Quanta frase feita, quanta petulância, Quanta palavra gasta, Quantos anjos caídos do céu; 
Antes demônios cuspindo fogo! Quanta falta de originalidade; 
Originalidade não significa necessariamente rebuscamento, mas a verdade que só você sabe dizê-la; 

A poesia não precisa ser numa linguagem florida para ser original; 
E as imagens diminuindo a força do texto, os textos pretextos; 
Não estou aqui com essa prosa a desmerecer os sites literários, pois me sirvo de um para exprimir as minhas verdades ou as minhas mentiras, sonhos e fantasias; 

Muito pelo contrário, enxergo neles a possibilidade de levar poesia de qualidade a muitas pessoas que não tiveram a oportunidade de iniciar-se nas letras, 
E que não travou ainda contato com essa coisa sagrada que é a poesia; 

E nosso pobre Brasil que agora começa a democratizar o acesso à rede; Então os sites literários podem ser o palco de muitas tertúlias literárias e filosóficas, 
que podem chegar aos que não tiveram a cesso por outros meios; 
Mas é preciso elevá-los a esta condição; 

Só dependem de nós internautas poetas! 
Poesia é coisa séria, não é brincadeira não, Tu pode até começar brincando, mas acaba sendo tomado, de santo passa a ser diabo, de diabo santo! 
 

 
Labareda
Enviado por Labareda em 04/01/2008
Reeditado em 14/06/2014
Código do texto: T802473
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