Liberdade 28
No filme: : "Lancelot, O Primeiro Cavaleiro", ano 1995, a comunidade fraterna ideal é vivida na trama, na evolução da narrativa. Ter liberdade, livre arbítrio, ficam condicionados às ações dos pares na ajuda recíproca, traduzindo numa sensibilidade tamanha o sentido profundo do amor incondicional dito pelo mestre Jesus Cristo. A realização da fraternidade entre os homens.
O espírito fraterno entre aquela irmandade de almas, demonstra vir do sentimento de pertencimento de uma humanidade, e do amor incondicional que existe no profundo do coração humano, puro e fraterno entre os pares,que é expresso em meio ao sofrimento de toda sorte, resultado da violência e da mortandade provocados por ataques inimigos que buscam a fragmentação, o poder trevoso sobre vontades.
A fraternidade entre irmãos, movida pelo amor, e pelo serviço.
Na cena que traz a iniciação do cavaleiro Lancelot à ordem, este, debruça-se sobre a imensa mesa e lê a insígnia ali talhada :
" servindo uns aos outros nos tornamos livres".
A mesa redonda onde esses cavaleiros se reuniam simboliza a igualdade, sem existir cavaleiro superior ou inferior entre eles.
Cavaleiros da Távora Redonda do Rei Artur, lendário rei da Grã- Bretanha, que teria governado entre os séculos V e VI, período conhecido pela Alta Idade Média, quando os mil anos negros estavam no auge de sua realização no mundo ocidental, em que toda e qualquer ideia de fraternidade e liberdade, vivia soterrada sobre os absurdos do Absolutismo e das imposições da moralidade de um estado absolutista.
A publicação de "Idílios do Rei", se deu séculos depois, poema escrito pelo poeta inglês "Alfred Tennyson( 1859- 1885).
A narrativa relata a lenda do rei Artur, dos seus cavaleiros, do amor dele por Guinevera, do amor desta por outro cavaleiro e por ele, e da ascensão e queda do rei e do seu reino. Na epopeia, há poemas dedicados a Lancelot, Erec(Geraint), Galahad, aos irmãos Balin e Balan, e também a Merlim e à Senhora do lago. Sendo a figura do rei central e relacionando todas as histórias.
Porquê viver este viés na prosa que capitaneio? Porque o que sinto no desbravar imaginativo na evolução do que escrevo, encontra junção nestas relíquias da literatura deixada pelos ancestrais.
O passado viveu, o que hoje se mantém na utopia. A liberdade.
Contudo, todavia, quando interajo com o mundo e a comunidade, sentindo-me sobrevoar nas asas da Fonte Divina, que cede força e poder para estar no propósito, vivo na egrégora que os antepassados viveram, na liberdade condicionada ao serviço.
Não encontraria plenitude de ser, sem sentir-me livre, servindo para a escrita, em Deus.