banquete

O que é esse fogo se contorcendo nos seus olhos? Tenho sentido cheiro de queimado esses dias. Desenrole a sua língua se quiser sussurrar. Tudo aquilo que eu poderia dizer atravessou a madrugada e se deitou no asfalto. Se eu tivesse um trecho para você, eu escreveria, mas não tenho o seu nome gravado na ponta do meu lápis desde o seu último abraço, sim, aquele que você me deu depois de surrupiar meu coração e presentear ele para o primeiro animal carnívoro que aparecesse. O resultado foi um banquete, daqueles que o prato principal era minha vontade de te ver. A distância, especialidade da casa. Os talheres? Seu desprezo. Sem sobremesa por favor…