Liberdade 27

Falo tanto em liberdade! Esta, que saiu das fraldas, tanto da de pano, de bumbum de bebê, quanto aquela simbólica, que deixamos quando acordamos para a vida neste plano, no tudo por realizar, no encontrar o propósito para a vida.

Engatinho nos assuntos do Espírito, esse do mundo interno, que fazemos de tudo para adiar, prorrogar, esperando as soluções para o mundo externo, como as toupeiras, não entendemos ainda que o Planeta em que vivemos é como um grão de areia em meio a uma infinidade de outros, das outras galáxias deste universo conhecido, e que o que ocorre aqui, de certo ou errado, está em sincronia evolutiva com tudo que há, que não sabemos como está estabelecido, onde isto tudo vai dar. Só Deus.

A gente, que mora aqui na Terra, somos todos de um mesmo lugar? De onde viemos? O que buscamos aqui? A eternidade? Esta Terra é propriedade de quem? Nossa? Os Atlântidas ficaram aqui? Os Maias? Os faraós e suas dinastias? Os impérios e as culturas antigas, hoje comprovados pela ciência, que portavam uma tecnologia muito mais avançada que esta de hoje, que se inaugura na IA? Onde estão? Para onde foram?

Vivemos prorrogando o diálogo interno tentando resolver o que a comunidade Terra não conseguiu resolver em milênios, a paz, a extinção da guerra, do conflito. A paz para o viver em comunidade.

Vez outra estabelecendo nosso ser em conjecturas do intelectualismo, no senso crítico, azedando nossos interiores com as cruéis conclusões trazidas pelo intelecto. Que já deu o que tinha que dar; Spinoza, Nit, Rousseau, Foucaut, Sócrates, Descartes, Hume, Locke, Sartre, escolásticos, os da filosofia apriorística, modernos, helenista, tomista, filisofia, psicologia e espiritualidade, oriental e ocidental, antiga, da era medieval, e contemporânea, as revoluções, internas no pensamento dos homens notáveis na história, vieram avatares, falaram através dos mais variados símbolos e linguagens, alguns, morreram por nós, viveram dias negros neste plano tão emaranhado de dores e ignorância .

E ainda, não conseguimos resolvermos nossa condição interna de ser gente. Milhões e milhões de seres, andando na ignorância espiritual de quem é, em meio a um manancial de verdades sublimes deixadas por nossos ancestrais, que vivem esquecidas nas estantes das casas, livrarias, bibliotecas, museus.

E, ainda, subsistem discussões sobre o que é a liberdade, e o livre arbítrio.

Somos livres? temos preservada a capacidade de tomar nossas próprias decisões, criando um senso de independência? A capacidade de escolher que caminho queremos seguir?temos realmente usado a oportunidade de tomar as decisões por vontade própria?

Os céticos, niilistas, existencialistas, os da religião, os das mais variadas vertentes do pensamento filosófico, psicológico, espiritual e religioso, sem contar a ciêncua, neurociência, se estabelecem, e se estabeleceram nos pensares numa verdadeira batalha, cada um posicionando numa polaridade, ora dizendo que não somos livres, vivemos subordinados aos condicionamentos , cumprindo as regras morais, legais, e religiosas, outros, nem tanto, que temos uma substância, aquilo que nos constitui, que nos torna livres para fazer a escolha, em optar em fazer o bem ou o mal.

Como esqueci de mim! a macaquear fora, sem a auscuta interna, aquela que me leva a quem me tem, e me fez. A única que me trará as respostas, que a cada dia recolho num cesto sagrado, o coração, de que estou aqui porque era para estar, realizo o que tinha que realizar.

Neste prosear, o que faz lembrar o cético? Papo hilário? Medíocre?uma por aí tocando trombeta de que sente um Deus Antropomórfico?

A cada dia absorvo a conclusão de que sem este sentimento sublime de pertencer ao Sagrado, à Fonte divina que me geŕou, não conseguirei sair da ignorância de quem sou, não acalmarei cada vez mais as abstrações sobre onde vim, para onde irei um dia.

Olhando para o Sol no final de tarde, apodera uma sensação de liberdade tamanha em meu ser! E a certeza de que Deus, como motorista , estará por levar tudo e todos ao destino que escolhe, que será sempre até o amor, imanente a tudo que cria.

Mesmo que vivo a ser testada, experimentada nos dias, a purificar tudo que sou de sangue, e de Alma.

Tomo para mim o dever. O que deveria ter feito antes.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 15/03/2024
Reeditado em 15/03/2024
Código do texto: T8020264
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