Liberdade25

Humildade, simplicidade e silêncio.

É esta a postura pedida ao que inicia no trabalho interno junto ao coração.

Para viver a Consciência Superior, a que vive pelo coração, terá que ter deixado a velha mulher, o velho homem, que ainda subsiste, que sobrevive no sangue da raça, na mente que move o corpo físico.

Os condicionamentos com que praticamos enquanto vivos. Teremos que abandonar pouco a pouco conscientemente.

Afinal, a terra do coração é para limpos de mão, e puros de coração.

Vivemos os sentidos e as emoções, esquecemos que quem nos move é a Essência Divina, que nos gerou, cujo germe reside no coração.

O corpo humano mantém como vivo e real o que nunca foi para ser.

A Alma, num silêncio como de tumba, em nossos corações, fica entregue ao insosso, amorfo, inóspido mundo das coisas,e às emoções, vividas no mundo das coisas.

Damos vida a uma ideia de ser, e a incorporamos nela nossa vontade, que se tornou híbrida, suja, corrupta, trabalhada num eixo externo, onde homens e mulheres fazem acordos para objetivos comuns de convivência, e utilizamos para aquisição de coisas, fazemis acordos de paz para obter coisas e mais coisas, coisificando, inclusive, o que entendemos ser nossa essência.

Coalizão política entre cidadãos, acordo político para alcançar um fim comum, em descompasso com a coalizão afetiva interna de cada um, que vive como obra inacabada, em um templo interno inativo, que é o coração. Dever de casa de cada um não realizado no seu real sentido. Adiado o início, esquecido, abandonado por muitos até a morte.

No coração não se admite negociar, fazer acordo com Deus para fazer a entrega.

Não há na natureza do Amor sabedoria, a possibilidade de estabelecer uma casa política junto ao coração, para alí praticar acordos com Deus para viver o que se tem que viver junto Dele.

Ou faz a entrega, e assume o dever de casa, seja em qualquer condição que Deus queira para si para estar a participar do roteiro vida, ou mantém o ser na vida fragmentada.

Coalizão afetiva envolve estabelecer laço, vínculo com Deus. Cuja base é o amor incondicional, a ser vivido em união espiritual com Ele na vida.

Trabalhar, servir , pedir uma Guiança da Alma, que é intimamente ligada com a Fonte Suprema, trabalhando o desapego.

Entra-se no caminho do ressignificado para trabalhar a Compaixao, a entrega da vida à Deus para servir-se de Instrumento Dele na Grande Obra, por meio da liberdade, que é campo interno da Alma.

Que Liberdade é esta? Para viver este mundo?

Consciência do Amor Sabedoria. Esta é a meta, o objetivo de autorrealização. Sem a qual não se conhece a natureza Divina da Liberdade, não se vive a liberdade em Deus.

Coríntio,versículos, 1, 2, 3, e 13:

1-Ainda que eu fale as línguas dos homens, e dos anjos, e não tiver amor, serei como sino que ressoa, ou o prato que retine.

2-Ainda que eu tenha o dom de profecia, e saiba todos os mistérios e todo conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor eu nada seria.

3-Ainda que eu dê aos pobres tudo que possuo, e entregue meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

13-Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança, e o amor. O maior deles, porém, é o amor.

Entrarmos no caminho do ressignificado, consiste em fazermos a entrega para a consciência profunda, que é encontrada no silêncio no coração, ao alcance de todos.

Nela, estaremos desafiados a alcançarmos um dia o mais alto nível de consciência do Amor na Terra. A consciência Búdica.

Saber que muitos chegaram a este nível, e resolveram não ir, ficaram às margens do plano Terra, emanando impulsos dos seus seres àqueles que estavam, e estarão a despertar. Buda, Krishna, Jesus Cristo.

A consciência única dectempo em tempo, enviou um de seus Seres Iluminados na Sabedoria do Amor, a chamar um determinado povo para o despertar espiritual, numa determinada época, num momento da história.

Libertar-me das ilusões do mundo dos sentidos, das formas, das ilusões. Estar para a prática do desapego.

Feita a entrega para o propósito, encontrando sentido e significado no que sou, sentindo pertencida no trama da vida na existência, resta-me fazer a escola.

Como proceder no labor? Como atuar numa condição onde doo e recebo, onde eu interaja com as demais interações humanas, e com os demais reinos, no mundo das formas?

Como atuar comigo mesma e com o mundo, realizar o que tenho que realizar na vida?

Depois de ter feito a entrega para aquilo que me predispuz realizar, que a meta seja ultimada . Terei que atuar em duas frentes, na interna, e na externa, buscando a integração do Ser que porto na consciência Divina, que me recepcionará, me acolherá, e me dará condições para continuar no caminho do aprendizado.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 11/03/2024
Código do texto: T8017755
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