Queria receber um abraço,
Despejar meu pensar cansado,
Meu cansaço no colo de alguém.
Queria transcender ao meu tempo,
aos primórdios tempos esquecidos.
E, deleitar-me a sombra do carvalho.
Queria enlouquecer de paixão com outrora,
Mas, a memória se escondeu na minha História.
Estou só.
Os pensares se confundem, e acredito não têm mais solução.
A busca insana por membros da família, se vão.
E, como no livro psicografado de Zíbia Gasparetto, Onde está Teresa?
Queria encontrar a mim mesma, sorrir com inocência,
Ser franca e não ter deslizes.
Mas, minhas cicatrizes se abrem, sangram no viver atual.
Queria buscar a Deus, mas as pessoas não respeitam umas às outras,
Ou será que fiquei louca?
O povo judeu, somente eles foram os escolhidos por Deus?
E, o Ramadan que as pessoas não podem orar em paz?
E, na Páscoa Católica, o ato de não comer carne, é realmente jejum?
E, a língua atiça a fofoca, o maldizer e a Fé se perde.
Queria um abraço, um sorriso sincero e espontâneo.
Queria novamente como naquele sonho, falar com Deus!
Queria não ver tanta matança e crueldade, mas a realidade se supera.
Queria crianças com mais livros, lápis e caderno,
Não sendo usadas para o sexo, não só em Marajó, como em muitos lugares do mundo.
Queria ver a fome sendo escassa, e a vida em abundância.
Queria não ter dor para escrever,
E, poder contemplar minha arte em qualquer parte que for.
Só queria um abraço, para aliviar tanta dor.
São Paulo, 11 de março de 2024. 12 h e 38 min.
Oferto: ao povo islâmico que está no mês de suas mais profundas orações.
Ao povo judeu que apesar das adversidades sempre buscou a Deus.
Aos povos cristãos que creem num novo tempo.
Ao fim de todas as guerras, pois a pior guerra é a batalha diária contra os próprios ruins pensares.