O diário das reflexões ( pensando a saudade ) ...

Será que se pudéssemos voltar no passado mergulhado em nossas lembranças viveríamos melhor cada um desses momentos eternizados em quem somos? Ou estaria o coração fadado ao implacável alheamento de suas esperas? E seja, quando crianças, por ir brincar com um amigo num campinho de terra, por perseguir insetos, por uma festinha no colégio, uma paquera, ou até mesmo pelo incansável trabalho a intervalos de sono, por uma hora extra de centavos na conta ou "um compromisso mais tarde", quando adultos, será que o mundo sempre nos estenderia seu barulho cada vez mais e mais ensurdecedor sob os holofotes do vício, vaidade e orgulho? E por que o que é realmente importante só é percebido como o "realmente importante" quando se encontra já tão longe que não mais possamos protegê-lo? E mais importante ainda, por que mesmo sabendo disso incorremos sempre no mesmo erro, prisioneiros de um eterno dilema? Será que quem fez o coração fez pequeno demais pra tudo o que ele é capaz aqui dentro de nós e que nunca perceberíamos a real dimensão de um sentimento a não ser quando o objeto desse próprio sentimento já se encontrasse tão fatalmente ameaçado pelo tempo? Quem sabe amar não seja, realmente, a única e última resposta necessária! ...

Christopher Bennett
Enviado por Christopher Bennett em 27/02/2024
Reeditado em 12/03/2024
Código do texto: T8008589
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