Hendrix, Exus e incertezas

Hendrix, Exus e incertezas.

Hendrix toca magias em stratocasters iniciadas enquanto estou de touca em pleno verão de 1976 a beijar brahmas abanando a brandura das almas - pra cada breja e pedras brancas rasgam tambores da Bahia. Mar a beira luz de slides encoberta de sóis wha-whas. Lírios, desequilíbrios e delírios em pranchas de rasgar ondas onde Dolphins e Nefilins estão à procura das filhas do sol ou de sereias encantadoras que desfilem suas guelras sobre meu corpo de escamas. Não é necessário stone porque tudo é maravilhosamente flangerjado, arranjado pelos deuses.

Perto de um monte azul casais flamam em fúria apaixonada. O campo está gravitacional. Dezenas de raios rasgam a noite e o amor acende a pira de mundos encantados. Viajo contra o tempo onde a luz faz sua curva geométrica, em busca de centelhas divinas.

Todas as minhas incertezas rasguiando os meus sentidos pedem conselhos a preto-velhos, caboclos e exus que triscam o universo entre buracos de minhoca levando consigo as sabedorias de longínquos saberes de Dyzan.

Outrora era aurora outra de minhas glorias. Hoje em pleno verão de 2008 disfarço qualquer vergonha e ponho fim nisso com um risco no papel.

Doutor Abreu
Enviado por Doutor Abreu em 03/01/2008
Código do texto: T800760