Liberdade 20

Morrer de morte morrida um dia.

Teria cumprido a tarefa? ou a missão?

Os observadores atentos das verdades essenciais, classificam o trabalho sob estas duas nomenclaturas.

Na conotação de tarefa, é aquela que submete todos terráqueos, decorrente do cumprimento do Karma, da necessidade de sobrevivência na vida do ter e do ser na Terra. Doente ou são, as contas vencem. É sabido, que até para morrer temos que observar a regra, não sendo previdente, pagando o mútuo funerário, uma previdência para aposentadoria para o caso da velhice chegar, ou ocorra o inesperado de uma doença, sobrará para os parentes, ou a caridade, obra dos grupos que atendem à Fraternidade, inclusive para custear os serviços de feneral.

Neste plano, até para morrer paga para dar o destino ao corpo físico que nos representou em vida.

Temos deveres, tarefas, que são típicas daqueles que vivem no planeta. Obedecemos à legislação, ao ordenamento de leis que regem a vida pessoal, e social na Terra.

Contudo, o a que veio? A missão?

Daí o essencial, dependerá do atender ou não o propósito, que é uma condição interna, vinda com o bebê ao nascer, que dirá se a alma está no decorrer da vida à ascender, estagnar, ou involuir no caminho evolutivo.

Daí falar de asas libertárias, como pressuposto essencial da alma, o despertar para ela, como condição para a missão, a legenda que a Alma firmou com Deus para cumprir na Terra antes de vir para cá.

A vida em comunidade, conexa ao propósito. Eis a escola. Eis a tarefa que viemos a realizar para galgar à era da consciência. A comunidade ideal de um futuro que se faz presente, proposta por Deus para as Almas deste plano.

Como meio, e como fim.

Meio, a Alma torna instrumento único que Deus usa para interagir com o que cria, rumo a um propósito maior, à transformação daquele. Que co cria com ele, e o contexto onde a Alma atua.

Como fim? É o amor. Ele, o único que sobra em meio a tanto trabalho, tanto esforço, tanta inteligência, tanta vontade estupenda para o realizar.

Se um amante pode querer ser a sombra da sombra da amada.

Se aquele que ama renuncia a fé, a um casamento, a filhos, vida de abundância e sucesso, os mais altos valores éticos e morais por amor de outra alma.

O que seria Deus?

Há um vislumbre disto que digo na parábola do filho pródigo.

Aquele morrer que leva não somente o fim do corpo físico, mas que vai junto o exaurimento da vontade de ter feito tudo que deveria ter feito nas asas libertárias Divinas que tomei para uso.

Que Eu tenha me sentido útil e satisfeita por isto, quando o trajeto chegar ao fim, e o som das trombetas me chamar.

Que eu tenha sentido que tenha combatido um bom combate, resguardado a fé...a certeza de que fiz o que tinha de fazer. Que tenha sentido que atendi ao propósito.

Que eu tenha conseguido desatar, junto ao labor na lida, os laços que me aterrou no emaranhado cármico

Aquela inveja que, de entendida tratada, aquele desejo, resolvido, ou pelo usufruir até o enfastiar, e ou liberado dele pelo processo do desapego.

Que os amores que nutro em vida, tenham sido agregados como feixe por mim sob o amor Divino, que passa ser Rei.

Chegando à compreensão suprema, que terei que deixar todos um dia, ou eles me deixarão, para ir de volta para casa.

Que tenha finalizado todas estas vicissitudes, não em forma de fumaça. Que tenha morrido a vontade de ficar com eles antes que o corpo físico tenha dado o blecaute, interrompido sem qualquer emanação de presença restada das coisas corruptível, perecíveis, e daquelas outras que nunca fui possuidora, ou proprietária, mesmo que as tomei como fosse.

Amém.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 24/02/2024
Reeditado em 24/02/2024
Código do texto: T8006369
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