EU E O POETA.
Pablo Neruda em um dos seus mais belos poemas fala para sua amada o quanto ele pensa sobre o tempo, a vida e a morte.
Como Neruda também faço profundas reflexões sobre os mesmos temas, com uma diferença fundamental, partimos de princípios diametralmente opostos.
O poeta chileno era comunista, ateu, não acreditava em Deus e na vida após a morte, um materialista convicto.
Eu, ao contrário, abomino o comunismo, sou espiritualista, tenho fé em Deus e acredito na transcendência para a vida eterna.
O amor para Neruda se encerra com a morte física, independente de toda a intensidade que teve em vida, e que ele expressou maravilhosamente em palavras.
Minhas reflexões me levam a uma conclusão diferente, no meu entender o amor transcende a vida e segue pela eternidade no mundo espiritual, extrapola o tempo que usamos o corpo biológico.
Apesar das divergências de ideologia política e religiosa, amo a poesia de Neruda, a beleza nela contida me encanta, e faz com que eu me sinta um ser humano mais apaixonado pela mulher que eu amo.