Liberdade 16
Assuntos do Espírito, da Fonte Divina, Origem de tudo que há.
É o dever de casa que a Alma veio realizar na Terra.
Isto que confabulo.
Tomo minhas, as sensações que experimento, as impressões internas, e delas, saturo abstrações, materializando em forma de palavras, em narrativas, que ficarão no mundo como impressões digitais da m'Alma.
Um dos instrutores deste tempo ressalta que o objetivo maior de um terráqueo, quando passa a existir, é o de tratar em primeiro plano os assuntos do Espírito que porta, que ditou o a que veio à Alma dele, o que ele necessitará realizar para estar no caminho de forma aprendente, ensinando e aprendendo, rumo a um ideal, que mesmo não sabendo como será, é o padrão de desenvolvimento estabelecido por Deus para ele no futuro.
Deixará os assuntos da moral, da religião, do social, da vida pessoal, da saúde física, por vezes debilitada, e tomará o lugar na Seara, realizando com os demais a parte que lhe cabe, num propósito.
Não tem um segundo sequer, cada respirar que passa por meus pulmões, cada pulsar que ouço do coração que leva vida ao corpo físico falido que porto, que eu não sinta o ecoar do mando, da bússola sempre acertada dizendo no mais íntimo do meu ser que é para continuar.
Ao deitar, vou para o descanso merecido.Ao fechar as pálpebras, vou junto, rumo ao desconhecido, Fonte Imorredoura que me tem.
Ao acordar, volto para as obrigações, Kármicas, e as dos assuntos do Espírito.
Seria diferente dos demais, quando se trata do cumprimento na existência, da Lei Kármica pessoal, coletiva, e da raça?
Cada ai da história, cada vitória forjada na morte de tantos, cada sucesso conquistado pelo vitorioso, nos anais do tempo, pela bala de uma arma, e pelo canhão, da bomba atômica, e daqueles outros privilégios e conquistas provindos das forças ocultas, nocivas, manipuladas pelo homem na natureza para a destruição e aniquilamento de almas, que partem sem terem tido a oportunidade de realizarem no a que veio, vem no sangue do que nasce num corpo de gente no planeta Terra, incluindo o corpo físico que porto.
Cada sangue de um inocente derramado, cada choro de uma mãe pela morte de um filho em combate nas guerras inglórias, cada cabeça cortada na guilhotina, na fogueira, no corpo dependurado no forca, família arrancada de sua terra, de sua cultura, feita escrava.
Vem plasmado no sangue da humanidade deste hoje.
E os assuntos do espírito, onde poucos estão despertos a realizar. Até quando ficará preterido, colocado em segundo plano?
Márcia Maria Anaga( Direitos Autorais Reservados, publicado no site Recanto das Letras)