A alma e a rosa

Depois que eu me for ainda amarei as rosas…

Mas não espere para me oferecê-las

como presente de adeus…

Já não poderei vê-las!

Aonde irei não haverá vasos…

Livros para guardá-las

Nem fotografias em camafeus.

Depois que eu me for estarei te esperando,

é verdade!

Mas não quero lágrimas tardias

Sentimentos vãos!

Não ouvirei palavras desconexas…

Ou frases vazias…

Elas nada mais me dirão

Nem inspirarão minhas poesias…

Porém…

Antes que eu me vá, segure minhas mãos

Olhe-me nos olhos com emoção…

Faça-me companhia!

Encante-se comigo ante a beleza das flores

Do campo… Ou do mar sem fim…

Dance com a melodia do vento

Ou simplesmente sorria pra mim…

Lamente comigo os horrores do mundo…

As mazelas sociais…

Deixe-me chorar em teus braços

e me dê seus abraços motivacionais.

Dê-me um pouco de sua atenção!

Fale-me as bobagens mais descaradas

Faça-me sorrir nas tardes mornas

e nas frias madrugadas, acalme o meu coração.

Seja o rei do meu castelo de sonhos,

Leve-me no seu cavalinho de brinquedo

do velho carrossel…

E se eu tiver medo,

ofereça-me um algodão-doce

e as estrelas do céu…

Embale-me em seu colo de afeto

como quem aninha um frágil passarinho…

E para que eu não me esqueça,

do instante completo,

faça-me um carinho.

Quem sabe assim me aqueça…

E então, repouse serena.

E durma apenas,

mas não desapareça…

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 13/02/2024
Reeditado em 13/02/2024
Código do texto: T7998045
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.