Dulcedo Ineffabilis

Há algo de irrequieto no silêncio da noite, brisa fria que beija e resfria meu coração.

Pensamentos sobre minha trajetória até aqui e sobre o caminho pela frente.

Erros e anseios.

Más marcas que deixei em almas alheias, o mau toque do meu existir sobre outras vidas...

Meu amar e meu agir são tortos, egoístas, imperfeitos. Não amo verdadeiramente.

Eu errei e continuo errando. E, por isso, sangro e sinto o peso da culpa e da vergonha nos recessos do meu ser.

Minha existência imperfeita buscando a retidão de caráter e ações, ansiando a perfeição de alma e coração, querendo ser fonte de amor universal, puro (embora eu ainda esteja longe disso)...

"Dulcedo ineffabilis" - ainda distante.

Eu quero, eu desejo ser dulcedo ineffabilis.

Quero ser empatia.

Quero, além do sangrar já citado, a sangria do pleno amor universal em mim!

Sobre meus anseios... Eu os tenho e os desejo profundamente.

Quero voltar ou estar ainda mais perto do seio de tudo aquilo que amo e que faz de mim quem eu sou, congregar novamente com a profunda essência e beleza dos meus amores.

Senti-los preencher meu corpo, coração e mente como a cada inspiração do respirar.

(Gênnifer Gonçalves)

(01/01/2021)

Gênnifer Gonçalves
Enviado por Gênnifer Gonçalves em 10/02/2024
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