O TEU SORRISO
Sinto saudade das estradas mansas, do musgo a crescer nas altas paredes, da sombra fresca, da folhagem densa, das ervas que cintilam nos campos, do cravo no vaso da janela, da vida em paz, sem conhecer abismos. No labutar de um riso satisfeito, sem crueldade, nem egoísmos... Uma ânsia que é um sentimento agudo de um sonhar continuo e sobre tudo de luz! Sagrada, que os espíritos libertam. Almas depuram os seres domina, a paz nos assegura. Da vida sã que não sinto, feita do amor universal, quem dera. Quem me dera essa ansiedade angustiosa, imensa como a eternidade, ou acalmar, como se em mim sentisse a alma do mundo em almas mil se abrindo! O tempo avança no meu rosto, na lembrança daquele instante em que esta intacto o teu sorriso.