Liberdade 4
Osho, na obra, "O Barco Vazio". É lido.
Quando foi inquirido pelos da plateia se poderia resumir os ensinamentos dele em poucas palavras, respondeu:
"É impossível. Em primeiro lugar, não tenho nenhum ensinamento para resumir. Não sou uma pessoa, sou uma presença. Não tenho nenhum ceticismo. Não posso dar a você dez mandamentos --- faça isto, não faça aquilo ---- porque o meu compromisso é com o momento. Seja o que for que eu tenha dito, não estou mais comprometido com isto.No momento que eu disse, fiquei livre. Agora não me preocupo mais com isto, não vou mais olhar para isto novamente.
E olha que tomei conhecimento deste livro, por via de uma conversa informal com amigos da intimidade há poucos dias, lendo tão somente algumas páginas do livro. Agora que havia terminado de lançar uma obra, produto do amadorismo que tenho pela escrita, "A Arte e o Novo Tempo", onde confabulo conjecturas e projeção da possibilidade do renascimento de um ser para a vida no Eu Real, neste tempo desértico de sentido e significado.
Pois bem...
Se Osho não dá garantia nenhuma de mantença de uma estrutura de pensamentos e regras, ou mesmo norteio para que seus leitores pudessem utilizarem como referencial para o retorno à essência de si mesmos e a tomada da posse do lugar que nunca deixou de ser deles, o Eu Real: para viver, conviver, ser e conhecer nesta vida, num contexto onde possa haver sentido e significado para si mesmos. Eu daria?
Sou tão somente, irmã mais nova, candidata a uma vaga na Fraternidade Divina Universal, que está por derramar inspiração em meu ser para estar a escrever.
Não impedirei o braço de Rio que me inunda de amor, acolhida, que me envia sinais, como código morse, para continuar no propósito.
Osho, Rajneesh, seja lá o nome que este Grande Ser escolheu para ser, depois de uma infinidade de perfis de personalidade que deixou em seu caminhar na terra, em manuscritos e falas, nunca pretendeu ser lembrado pelos seus rastros na areia. Típico de quem sobrevoa, viaja junto a essência do ser.
Não o encontro no ego. Esta sempre a lembrar que se mantém livre. Inclusive do que ia deixando para trás em obras, erros e acertos.
Foi um ser que não foi passível de ser referência de modelo de um homem ideal de um tempo, mas sim, expressou quem era no uso da prerrogativa de quem alcançou a condição de um Espírito Livre, que nunca se considerou cheio.
Segundo fontes codificadas pelos homens da Terra, as obras deste pensador levaram ele desaguar num fim trágico, reservando a ele uma aritmética destruidora, e ele, como gado indo para o matadouro, terminou seus últimos dias de vida como um rio tranquilo a desembocar no Grande Mar.
Não diferente , assim procedeu o Mestre Maior, Jesus Cristo, no percurso que o levou à crucificação.