O CALAR DO SER

O CALAR DO SER

O tardar do infinito é a poesia no abandono das demonstrações individuais.

O correr preguiçoso e dolente lava a força dos embarques naufragados.

Os lugares encostam valores.

As sombras jazem nas exibições altivas, públicas ante o mostrar mimetizado.

Os olhares arejados desafiam as ousadias.

As saídas vazias ensinam profissões visitantes.

O ter derrota a humilhação da morte poética.

As substituições das condições comparam o vespertino trazer com notícias inquietas.

O nada muda a pressa das adversidades.

O não que há nas propriedades do estar observa localizações.

O parecer envergonha a vida direcionada à religiosidade do possuir.

O desvanecer fica na solidão opaca dos mitos populares.

A pobreza viaja nos levantamentos dos enfrentamentos denominados.

Os modos das demasias pesam no atar das bagagens enforcadas.

O cair escurece os períodos relativos aos apoios.

Os dizeres da cura ironizam exclamações.

O ver transpassa o calar.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 01/02/2024
Código do texto: T7989393
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