Vulnerabilidade

Quando me percebo mergulhada no lodo da certeza do retrocesso. A autossabotagem roendo as entranhas. Eu olho para trás. Tiro o pé do acelerador, dou uma olhadinha  no retrovisor. Tanta estrada percorrida. Como eu cresci! Observo com mais carinho minhas fragilidades. Eram elas que me faziam refém. Hoje nenhuma delas mais me detém. Fiz da minha vulnerabilidade o meu escudo. Domei os medos. Tudo ainda está aqui de alguma forma. A diferença é que eu não me escondo mais. O meu não tem um poder consciente. Racional. Se o coração palpita em desordem é só respirar um pouco mais fundo. Se eu tropeço entre a vontade e a falta de coragem, sigo meu coração, guardo a culpa e assumo responsabilidades. Por enquanto é assim. Amanhã é um outro tempo repleto de possibilidades, oportunidades e novas escolhas. Aos poucos vou aquietando o caos aqui dentro. Não é porque a estrada é tão infinita que significa estar no mesmo lugar.  Sim. Tem muito o que melhorar, crescer, trabalhar. Mas, as minhas conquistas não foram em vão. Estão aqui comigo. Nas lembranças de cada instante vivido. Hoje estou um pouco recolhida no conforto do meu casulo. Ainda não sei como vou enfrentar o mundo. Como também eu não sabia para onde ir quando decidi partir da zona de conforto. O futuro é o tempo mágico do desconhecido. Por isso, uma lição eu sigo aprendendo. Hoje. Agora. Essa é a benção. Esse é o presente. E isso é tudo que importa… É aqui que a vida acontece!

*Si*

Simone Ferreira
Enviado por Simone Ferreira em 31/01/2024
Código do texto: T7988943
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