Chuva no angico
Ouço o som da chuva que molha meu quintal, e neste exato momento, acima dos olhos, avisto o enorme angico, imponente, dominador, na chuva da noite, do perfume que há, o cheiro da terra, suave que vem. Ouça comigo o som destas águas, que caem aqui no meu quintal, no angico que vejo, distante dos olhos, lá ele está. E a chuva caindo na brisa de palavras que se misturam. Se pudéssemos agora, caminhar por entre as ruas, embaixo da chuva, na sombra do angico, no extremo de tudo. O que respiro neste instante, é o amor que nos vem radiante, sobre gigantesco espaço, sobre todo o céu, sobre mim, em cima do angico, na copa das flores, ali estarei. E a chuva, continua a cair bem lentamente, suavemente aqui no meu quintal.