Leveza
Nunca me senti tão livre num corpo tão pesado. Tão leve carregando tantos fardos. São fantasmas, eu sei. Sombras frescas diante de todo caos ao meu redor. A vaidade frágil. A autoestima construída sobre outras bases. Nunca revelei tanta beleza aos olhos alheios. Tem um lance diferente no brilho de dentro. Os valores mudaram. Tudo está tão estranho. Tanta gordura acumulada, e o sorriso solto, a gargalhada espontânea, sincera. Na contramão dos meus mais rígidos princípios de auto amor. Todo processo de reconstrução me permitiu aceitar essa versão de corpo inteiro. A alma experimenta uma doce harmonia com minha essência mais verdadeira. Aquela de que tentei fugir diversas vezes. É tudo tão louco! Ainda não elaborei todas essas novidades. A frase mais sensata talvez seja... conformada, não feliz. Fato, sou esta a versão de agora. O resultado de todas as escolhas até aqui. É verdade que a vida sempre fica mais bonita quando a gente se cuida com muito amor e carinho. E se preenche com altas doses de auto perdão. Um pé no futuro ajuda a suportar o presente. Sempre em frente!
*Si*