NÃO SEI NADA DE MIM
Não sei nada de mim. Sou como um livro com páginas ainda por abrir, onde as palavras aguardam pacientemente para contar as histórias que ainda não vivi. Sou uma paisagem inexplorada, com colinas suaves e vales profundos, cada curva escondendo segredos que nem mesmo eu descobri.
Às vezes, me perco nas entrelinhas do meu próprio ser, tentando decifrar os enigmas que residem nas profundezas da minha alma. Quem sou eu além das máscaras que uso para enfrentar o mundo? Quais são os desejos que habitam silenciosamente em meu coração, esperando serem reconhecidos?
Caminho por estradas desconhecidas, olhando para trás e vendo pegadas que nem sempre reconheço como minhas. A jornada da vida me leva por encruzilhadas onde escolhas são feitas, e eu, muitas vezes, questiono se foram feitas com sabedoria ou impulsividade.
Não sei nada de mim, mas talvez essa seja a beleza da existência. Descobrir-se é uma viagem constante, um processo contínuo de autodescoberta que se desdobra a cada amanhecer. Cada riso, cada lágrima, cada desafio e triunfo contribuem para a trama intricada que é a minha história pessoal.
Quando olho nos olhos do espelho, vejo um reflexo que é ao mesmo tempo familiar e misterioso. Sou um quebra-cabeça incompleto, e cada experiência, cada encontro, é uma peça que se encaixa, revelando um pouco mais do quadro completo que sou eu.
Não sei nada de mim, mas aceito o convite para explorar as profundezas do meu ser. Com coragem, enfrento o desconhecido, sabendo que a jornada para me conhecer é tão valiosa quanto o destino. E assim, a cada dia, escrevo nas páginas em branco do livro da minha vida, preenchendo os espaços em branco com as cores da minha verdadeira essência.