"Chuva de Kigos"
É início de ‘novembro’ e o calor tem-se apresentado nas 'chuvas primaveris' marcando o cotidiano desta cidade... Lá fora os 'jasmins' floridos antes da hora, e o suave aroma de suas flores, remetem-nos aos jardins ídos da 'primavera' da vida.
As últimas sementes do 'ipê-rosa' desprendem-se das vagens secas, deixando-nos uma sensação de "nagori" pelo ar... Há impermanência contínua inspira-nos os fechamentos de haicais.
Transeuntes seguem apressados e as cores dos guarda-chuvas é um espetáculo admirável para a retina captadora de frações.
Algo fica absorvido no interior, qual implodirá como ovos de ‘borboletas’, nos estágios certos para suas transformações.
A analogia espetacular é a fome insaciável das 'lagartas' procurando apressar suas hibernações, dando adeus ao amargor das folhas e aos perigos eminentes como os bicos de pássaros... Para enfim externar suas cores e belezas, nas visitações de jardins e flores com aladas asas, sugando-lhes o néctar doce e bem-vindo, exaltando o tempo presente.
As 'trovoadas' cessaram, a chuva deu uma trégua, o sol brilha através das ‘nimbus’ dissipando-as como um ‘orvalho estival’, pelo gramado flores em decoração, a vida volta ao curso pós-chuva, procuro pelo ‘arco-de-Deus’ eternizado no meu coração, dando ênfase que não vivo só de pão, mas de toda a sua criação.
pelos jardins...
primavera alegre -
bélica vivência
(Os kigos desta prosa são de verão)