"Chuva de Kigos"
É final de ‘janeiro’ o calor e as chuvas torrenciais marcam o cotidiano desta cidade... Lá fora chove copiosamente e o fluxo de águas deslizam pelas guias das calçadas.
Os acúmulos ficam evidentes em alguns pontos, quando os bueiros não fazem as funções necessárias, coisas de cidade grande, administrações e educação de pessoas.
'Fevereiro' se aproxima e até ontem confraternizávamos com o ‘Natal’, o tempo passa rapidamente e a primavera da vida são lembranças guardadas no coração.
Transeuntes seguem apressados e as cores dos guarda-chuvas é um espetáculo admirável para a retina captadora de frações.
Algo fica absorvido no interior que implodirá como ovinhos de ‘borboletas de verão’, nos estágios certos para suas transformações.
A analogia espetacular é a fome insaciável de 'lagartas' e ‘taturanas’ procurando apressar cada qual a sua hibernação, dando adeus ao amargor das folhas e aos perigos eminentes dos bicos de pássaros e línguas de ‘lagartos’... Para enfim externar suas cores e belezas, nas visitações de jardins e flores com aladas asas, sugando-lhes agora o néctar doce e bem-vindo como uma exaltação ao Criador.
As 'trovoadas' cessaram e a chuva deu uma trégua, o sol brilha agora através das ‘nimbus’ qual dissipam-se como um ‘orvalho estival’, pelo gramado aroma de ‘jasmins’ a vida volta ao curso pós-chuva, procuro pelo ‘arco-de-Deus’ eternizado no meu coração, dando ênfase que não vivo só de pão, mas de toda a sua criação.
Kigos: "São termos das estações do ano usado (1) em cada haicai tradicional".