A saudade é um rio.
Tem sua nascente, algumas vezes aos pés de um morro...
Mas pode ser também em uma esquina, em um terminal rodoviário, no metrô ou até em um aeroporto.
Frágil e pequenina vai crescendo, alimentada pelos ribeirões dos sonhos e pelas águas das chuvas de lembranças.
Torna-se caudalosa, gigante e gera fortes correntezas de emoções, originando corredeiras de tristeza e cachoeiras de lágrimas amargas.
Em suas margens florescem lindas e coloridas recordações. Suas águas são límpidas e nos lembrarão do sabor dos longos beijos.
Ao toca-la, relembraremos carícias e juras.
Se mergulharmos nestas águas, seremos envolvidos pela esperança e se tentarmos sair, sentiremos soprar a gélida brisa da amargura.
Quando enfim, uma voz chamar por nosso nome e fizer nosso coração bater mais forte no peito, saberemos que é chegado o momento de subirmos pelas encostas da felicidade e alcançar o céu de um abraço...
"Canta essa saudade,
que chorar insiste.
Mostra na canção,
que o amor ainda existe.
Não se sinta triste,
Nem queira solidão...
Canta essa saudade
Liberta o coração."