Descalça as botas sozinha, rapariga. Descalça as botas...
As folhas de novembro dançam ao ritmo suave do vento.
A espera tece teias sem traços certos.
No silêncio dourado do crepúsculo,
Segredos antropomórficos
Mancham o branco imaculado da memória.
Que se quer pura.
O meu amor não veio à tardinha
A multidão não o viu passar.
Ao longe, o gato mia flechas de cupido.
Toquem a rebate os sinos na torre da igreja.
Anunciem o lamento do gato solitário.
E a noite cai e levanta-se.
Amarrotada.
Ferida.
Sem lágrimas.
Também não aprendeu a chorar...