Entre, mas com calma...

O mundo anda apressado e eu tenho pressa em andar devagar.

Quero voltar a ouvir quando piso em uma folha seca e aquele suave estalo me lembra vida.

Quero ouvir com ouvidos encantados, o pássaro que voa e canta procurando um galho para repousar.

E o barulho das ondas? O gatinho que mia na soleira de alguma porta? O cheiro do café de todo dia?

Cansada da pressa. Pessoas são bem vindas, mas cheguem como um suave vento e não como uma ventania. Sem armas, sem excessos de qualquer coisa.

Se eu abro a porta, sejamos gentis. Se vem com o coração sincero (mesmo que quebrado), direi-lhe com calma: - Sente-se . Servirei-lhe um café e te ouvirei. Com calma e sem julgamentos. Humanidade.

Por gentileza, respeite o que não sabe de mim. Se eu chorar e sorrir ao mesmo tempo, não se espante. Coração sensível, sincero mas desconfiado (mas não inseguro). Eu sempre procuro olhar ao outro devagar, este trás histórias que desconheço. Mas não chegue com pedras, orgulhos e vaidades.

Às vezes, a vida bate com tanta força, por sermos ingênuos demais. Amadurecer é proteger a criança interior e deixá-la se revelar, apenas diante de quem já descobriu, que todos somos seres Sagrados.

É bom quando alguém se aproxima, bate à porta e entra devagar nas nossas vidas.

Eu creio em amizades desinteressadas, desde que venham para oferecer de boa vontade, a própria presença. Com respeito a si mesmo e ao outro.

Como diz Milton Nascimento- : "amigo(a) é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito. Mesmo que o tempo e a distância, digam não".

Estar aqui é uma oportunidade, de me deixar ver e sentir a vida, calmamente. O mundo "lá fora" apressa a todos e aqui, encontro um refúgio, um lugar para sem pressa, descansar.

Desejo-lhe muita Fé, Paz, Saúde e claro, muita calma. A que o mundo não dá, a que vem do Alto.

Deus lhe abençoe e Seja Bem Vinda (o)!

Kátia

Montanhas de Minas Gerais