Palavras inauditas
Palavras inauditas não ficam em vão. Ostenta uma força inescrupulosa a quem cala na mente e no coração. Triste do ser humano que não diz o que quis, rumina a alma e indispõe com a sua personalidade o outro que deveria ouvir suas “verdades” com atenção. A vida passa e você lamentará o silêncio achando que a si cometeu uma traição. Por dias, meses ou anos, imaginou o que dizer, ensaiou, esperou a oportunidade exata e na hora se calou sem explicação. Ainda se pergunta o porquê da mudez, deveria ter dito o que te fez sofrer, mas não, preferiu inconscientemente a decepção. Há motivos para atitude: evitar o enfrentamento, o desassossego, prolongar uma situação hostil ou interromper uma relação.
O medo provoca, a concepção de teorias conspiratórias das consequências do “Eu” afirmar ao ouvinte a livração. Dar a importância aos cujos e cujas que não merecem ouvirem a razão. Por vezes nos desmerecemos e causamos danos ao enfrentar aqueles e aquelas se tínhamos a opção. A quietude e o desprezo não podem ser descartados como resposta, deixando-os aguardando a pendenga em ebulição. O fato é o dito pelo não dito, o que causará a você e como isso influenciará no futuro a sua paz ou a contrição. Deveria se ater a viver uma vida bem vivida, agir com o que lhe faz sentido para continuar a manter a sua transliteração.