Debute
Há um senso comum que nos recomenda viver cada dia como se fosse o último. Eu penso diferente. Bem mais bonito acreditar que vivemos pequenas mortes e estreamos no palco da vida todos os dias ao amanhecer. Com aquele friozinho na barriga. O olhar encantado de quem vê o mundo pela primeira vez. Captando detalhes ínfimos na rotina de todas as horas. Tomados de paixão e expectativas para os mesmos cenários como se tudo fosse inédito. Isso! É assim, como se fosse o primeiro dia de nossas vidas, que acredito podermos sentir a magia da existência. Com o frescor suave da manhã que renasce, renova, recomeça, estreamos em um novo dia cheio de possibilidades. Mais que uma história que já conhecemos e vivenciamos aguardando a despedida, é no mistério da incerteza do porvir que está a maior curtição. Uma folha em branco no grande caderninho da divindade. Que tal subverter o senso comum? Comece agora. Não se despeça hoje, estreie amanhã!
*Si*