já faz tempo
Já faz tempo, algum tempo,
que deixei o meu lugar;
desembestei mundo a fora,
sem saber onde ia dar,
Queria fugir não sei para onde e nem do que;
Qeria me encontrar não sei com quem;
segui sem rumo, em meio as bramuras,
atravessei pontes, mata-burros,
estradas, encruzilhadas e caminhos;
além das chapadas da Bahia,
além da Serra do Espinhaço,
do espigão mestre de Goiás;
pra perto da Serra do Estrondo;
junto da Chapada das Mangabeiras;
Levei muitos dias muitas luas,
a atravessar;
catingueiras floridas,
Noites no Jalapão, banhos no fervedouro;
Até chegar ao vale do Araguaia e do Tocantins;
Mas ainda assim não sosseguei;
em noites de bréu a me espantar;
Me deparei com três tristes Kraós;
De uma tristeza ancestral;
Fui até a Ilha do Bananal;
em noites de lua cheia a me encantar;
Muito espaço, vazio, paisagem lunar;
Estrelas na imensidão escura;
Por de sóis laranja-fogo-fátuo;
Estou aqui em meio ao escudo Cristalino,
O mais antigo do mundo;
No centro geodésico do Brasil;
à sombra de pequizeiros vislumbrei a savana,
Dando lugar a lavoura de soja;
Na civilização que se forma ;
Entre o vale do São Francisco e do Araguaia-Tocantins;
No centro;
Desse imenso e vasto país;
No intento, mais que intento,
de fugir pra bem longe do lugar;
de onde venho;
Já faz tempo, algum tempo,
que deixei o meu lugar;
desembestei mundo a fora,
sem saber onde ia dar,
Queria fugir não sei para onde e nem do que;
Qeria me encontrar não sei com quem;
segui sem rumo, em meio as bramuras,
atravessei pontes, mata-burros,
estradas, encruzilhadas e caminhos;
além das chapadas da Bahia,
além da Serra do Espinhaço,
do espigão mestre de Goiás;
pra perto da Serra do Estrondo;
junto da Chapada das Mangabeiras;
Levei muitos dias muitas luas,
a atravessar;
catingueiras floridas,
Noites no Jalapão, banhos no fervedouro;
Até chegar ao vale do Araguaia e do Tocantins;
Mas ainda assim não sosseguei;
em noites de bréu a me espantar;
Me deparei com três tristes Kraós;
De uma tristeza ancestral;
Fui até a Ilha do Bananal;
em noites de lua cheia a me encantar;
Muito espaço, vazio, paisagem lunar;
Estrelas na imensidão escura;
Por de sóis laranja-fogo-fátuo;
Estou aqui em meio ao escudo Cristalino,
O mais antigo do mundo;
No centro geodésico do Brasil;
à sombra de pequizeiros vislumbrei a savana,
Dando lugar a lavoura de soja;
Na civilização que se forma ;
Entre o vale do São Francisco e do Araguaia-Tocantins;
No centro;
Desse imenso e vasto país;
No intento, mais que intento,
de fugir pra bem longe do lugar;
de onde venho;