“Em volta do buraco tudo é beira”
Com base na frase do brilhante Ariano Suassuna, poderíamos concluir que a beira será sempre maior do que o buraco.
Mas em se tratando do Brasil o buraco é mais fundo do que largo.
Sendo assim, quem olha o buraco Brasil de longe não ficará muito impressionado, principalmente se der ouvidos aos que ficam sentados na beira aplaudindo os que se empenham em torná-lo cada vez mais profundo.
Dizendo de outra forma, fora da escuridão do buraco, na beira predomina a poesia e as reuniões alegres com muita comida e bebida.
O Produto Interno Bruto (PIB) é calculado através de uma fórmula bastante simples que deveria ser do entendimento de todos os homens e mulheres com um mínimo de boa vontade:
PIB = C + I + G + (X - M)
onde:
– C representa os gastos do setor privado,
– I representa o total de investimentos realizados na economia,
– G representa os gastos do governo,
– X é o total de exportações e
– M o total de importações.
Reparemos que “G” representa os gastos do governo.
Se dissermos que o Brasil hoje é 9ª Economia do Planeta baseado no PIB, isso não quer dizer absolutamente nada.
Tendo um governo irresponsavelmente gastador como o atual, paradoxalmente essa irresponsabilidade vai refletir no PIB e fazer o Brasil “ficar bem na foto”.
Aliás, assim como nos “trabalhos científicos” de universidades públicas, nos governos populistas, “aparência é tudo” conteúdo é nada.
A profundidade do buraco aumenta, mas a beira continua do mesmo tamanho.
Nosso PIB atual é de cerca de 10 trilhões de Reais, o que nos situa na 9ª colocação mundial.
Isso dá um PIB per capta de cerca de 53 mil Reais, o que nos situa na 87ª colocação.
A renda média dos trabalhadores brasileiros é de aproximadamente 3 mil Reais.
O Brasil tem cerca de 11 milhões de funcionários públicos que ajudam a puxar a renda média para cima.
Teríamos que somar aqui um número indeterminado de pessoas que vivem às custas do governo sem ser funcionários públicos.
Os beneficiários do Bolsa Família são 21 milhões de famílias.
O governo cinicamente se refere aos recursos gastos com essas famílias de “investimento”, porém seu interesse é que vivam na miséria até a morte e sejam apenas fonte de votos.
Ele incentiva essas pessoas a permanecerem fora do mercado de trabalho, por isso elas nunca serão incluídas socialmente de fato.
Essa conduta é uma das mais expressivas formas de maldade que se pode adotar atualmente.
Se considerarmos que cada família que recebe esmola do governo tem duas pessoas, nós teremos 21 x 2 + 11 milhões (funcionários públicos) = 53 milhões de brasileiros que não produzem renda para a Economia do país, apenas recebem o que é tirado do setor produtivo.
A meta do governo atual é aumentar o número e a remuneração das pessoas que vivem às suas custas, colocando o peso disso nas costas do setor produtivo através de tributação cada dia mais pesada.
O governo atual tem a pior equipe de trabalho que já existiu desde o governo Collor. A impressão que dá é que ele propositalmente quer estrangular a Economia e falir o Brasil, assim como a dupla Chávez/Maduro fez com a Venezuela.
Só existe uma de duas formas de se ver as pessoas que insistem em elogiar o governo atual: vivem com o corpo na Terra e a mente numa dimensão paralela ou são sádicas.