VIVO Sem As Correntes Presas
Ó, meu Deus!
Me vejo com a alma nua
As roupas, foram tiradas
O véu que me impedia ver o movimentar das correntes, os grilhões da servidão.
Fora tirado
Não tenho o mim mais, que me trazia no cabresto
Obediente ao condicionamento do olhar do outro, do celibato intocado, que me mantinha amiúde à obediência do "é isto mesmo", "tem que ser assim".
Serva, servil, senil, praticante da idiotice da conformidade, antiquário de museu. Exilada d'Eu.
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Levanto cedo, vou para o repouso à noite
Inteira
Eu e as poucas tralhas que ainda cultuo, com um quê de donzela, como há pouco desposada , aprendiz do gosto próprio.
Assumir as fraquezas, e os fracassos, assim como os abandonos, os flagelos, tem sido escola.
A mudança trouxe a necessidade de ressignificar tudo, e seguir.
Tenho-me...não poderia morrer sem o resgate.
Márcia Maria Anaga( Direitos Autorais Reservados, publicado no site Recanto das Letras)