A SIMPLICIDADE DO GRANDE AMOR

Evaldo da Veiga

Ele tinha um grande amor e amava 
esse amor como dádiva e missão.
Quase foi além do amor nos momentos 
em que a ternura se aproximou da loucura...

Loucura do amor que trilha na busca de um novo amor, 
competindo em destruição do anterior, 
que não se extingue, mas machuca-se. 
Loucura que desperta, apagando o equilíbrio 
e a melhor razão, e traz um “novo”, 
não pretendido, mas que chega e se torna parte,
 é mais uma emoção. 

E aí, da loucura vem o entendimento 
que o amor é guarnecido de moderação 
e de amor a si mesmo, 
em se sustentando no melhor alicerce, 
que é a fraternidade do auto perdão, 
que conduz ao perdão de todos.

Um grande amor pode ser diagnosticado em profundidade
 o que trás ao entendimento, confusão. 
Mas no fundo mesmo o grande amor é sempre simples: 
são dois se querendo muito 
e desejando ao outro o melhor dos mundos.
 
É um que sofre muito se ocorre o sofrimento do outro, 
e por isso ora, e obra pelo sorriso alegre, 
pela face meiga e tranqüila do seu par, 
querendo que ele tenha tudo, 
e ter tudo quando se ama é ter o amor, somente.
O amor maior só depende do amor tendo-o como início, 
meio e fim: começando do amor, 
trilhando o amor e vivendo pra viver o amor, 
sempre.

evaldodaveiga@yahoo.com.br