Solidão de Ano Novo
Pensei ter encontrado o amor. Um amor transcendente, rico, forte e repleto de vida. Um amor encontrado nas reencarnações da vida. Um amor que intencionalmente se uniu, para fortalecimentos de ambas as almas, para que cada uma delas conseguisse completar sua missão com os respectivos conjuges, doentes, precisados de paciência e compreenssão.
Juntos, nos momentos permitidos pelos ceus, respeitando cada qual as responsabilidades de si e do outro, assumidas antes do precioso encontro.
Pensei que o amor fosse acima de qualquer interesse, fosse inteiro, estivesse sempre em primeiro plano e caso fosse colocado em xeque verdadeiro, a decisão tomada fosse pelo outro, pela alma complementar, pois sem ela a vida estava vazia, triste e sem esperanças.
Ilusão, apenas ilusões os desejos da alma, pois uma vez saciada a falta o que ficou foram apenas os mesmos interesses assumidos anteriormente, nada mais.
Quando colocado em xeque sobreviveu a familia, os filhos, os netos... esses sim pesaram, esses mesmos seres que na vida continuada de ate então abandonaram-nos, nos geraram carências... solidão e vazio, nos transformaram em simples mantenedores do lar, sem a manifestação expressiva do amor.
E o amor.... ahhhhhhhh... ele serviu apenas para o fortalecimetno momentaneo da alma. Voltando para o devido lugar de sua existencia... viver na solidão da ausência do outro, quando foi colocado em xeque.