Igualdade e justiça social

Muito ouvimos e lemos as expressões “igualdade social” e “justiça social”.

Mas os paladinos de um mundo perfeito não se dignam a nos esclarecer, a nós os ignaros nesses assuntos, o que elas realmente significam e como podemos alcançar esses estados de bem estar.

Segundo opinião corrente, o mundo atual é socialmente desigual e injusto porque é dominado pelo Capitalismo que “naturalmente” impõe a desigualdade e injustiça. Então, o mundo perfeito necessariamente teria que ser socialista.

Partindo disso, um eventual “mundo perfeito” seria uma conquista ideológica e não humana.

Há 160 anos foi estabelecido que o ser humano é incapaz de resolver seus próprios problemas e que para isso, dependeria de seres sobre-humanos ungidos por uma ciência cuja compreensão está restrita apenas a eles mesmos.

Porém, aceitando essa possibilidade como inevitável e apelando para a benevolência dos sábios, algumas perguntinhas básicas precisam ser feitas:

- a “justiça social” seria decorrente da “igualdade social”?

- como as pessoas são diferentes quanto a algumas características pessoais, como alcançar a “igualdade social”?

- como seriam tratadas as pessoas que não aceitassem ser “socialmente iguais”?

- o mundo teria um governo totalitário para impor a “igualdade”?

- existe justiça na igualdade forçada?

- sabemos que existem pessoas que são naturalmente propensas ao trabalho e mesmo que elas não vejam o trabalho exclusivamente como uma forma de ganhar dinheiro acabam tendo uma remuneração mais alta e existem pessoas que não são dadas ao trabalho e esperam que outras as sustentem. Então no “mundo perfeito” as primeiras não poderiam ter remuneração proporcional ao seu esforço e as segundas pessoas continuariam sendo sustentadas por quem trabalha? Existiria justiça nisso?

- num mundo perfeito as pessoas que trabalhassem muito, obrigatoriamente teriam o mesmo conforto material das que relutassem em trabalhar? Existiria justiça nisso?

- num mundo “socialmente justo” as pessoas teriam alimentos na medida exata para ter boa saúde e viveriam em imóveis de 100 metros quadrados, por exemplo?

- ou teriam algum alimento supérfluo como doces, sorvetes, refrigerantes e cervejinha e viveriam em imóveis cujo tamanho dependeria do número de pessoas da família?

- todas as pessoas teriam curso universitário? Então teríamos pedreiros universitários, frentistas universitários, coletores de lixo universitários, etc.?

- estes teriam o mesmo salário do que políticos, médicos, engenheiros, juízes, etc.?

- as famílias teriam seu rendimento definido em função do número de pessoas que trabalhassem ou do número total de integrantes, para evitar que famílias pequenas tivessem mais dinheiro disponível por pessoa do que famílias grandes?

- nesse caso, um operador de empilhadeira que fosse o único trabalhador numa família de cinco pessoas, receberia cinco vezes mais do que um médico solteiro que atendesse cem consultas e fizesse vinte cirurgias todo mês?

- ninguém, exceto taxistas e vendedores, teria automóvel e todos se locomoveriam em transportes coletivos?

- nesse caso, não seria socialmente injusto se os taxistas e vendedores usassem seus veículos para passear com a família nos finais de semana, enquanto o resto dos trabalhadores, inclusive políticos, médicos, engenheiros, juízes etc., teriam que usar transportes coletivos?

- ou todos teriam automóveis, porém de modelo exatamente igual e da mesma cor?

Afinal, quem iria decidir sobre essas e outras questões senão alguns seres iluminados a serviço do governo totalitário, atentando para o fato de que pessoas decidindo a vida de outras por si só é uma situação de desigualdade social.

Voltando ao mundo real, os mustelídeos constituem uma família de mamíferos com ampla distribuição geográfica. Eles estão presentes em todos os continentes, à exceção da Oceania e ocupa habitats diversificados desde os litorais até zonas montanhosas e do Amazonas até a Sibéria.

O termo “social” é o mustelídeo dos termos. É usado amplamente pelos paladinos do mundo perfeito para dar pseudo sustentação a palavras vagas como “igualdade”, “justiça”, “movimento”, etc.