Anseio silencioso.
Sob o olhar gentil da lua, um homem senta-se na sua varanda desgastada, um observador silencioso da noite. Seu jardim, envolto em escuridão aveludada, sussurra segredos para o farfalhar das folhas. O ar fresco carrega o cheiro de lembranças, algumas doces, outras tingidas de arrependimento. Ele traça os contornos familiares de seu jardim, cada planta sendo uma companheira no desenrolar da história de sua vida. A roseira retorcida, um testemunho de amor duradouro, seus espinhos uma lembrança da beleza nascida da dor. Os lírios vibrantes, faróis de resiliência, atravessam a escuridão para saudar o amanhecer. Na sua presença silenciosa, ele encontra consolo, um sussurro de sabedoria farfalhando entre as folhas.
A lua, uma pérola na imensidão escura, lança sobre ele seu olhar gentil. Testemunhou inúmeras noites como esta, noites de introspecção e anseio silencioso.