O ato de chorar.
Chorar de saudade é um ritual íntimo, uma forma de nutrir a ausência com a água salgada da emoção. Cada lágrima é um poema que escorre pelos sulcos do rosto, traduzindo em gotas o amor que transcende as fronteiras do tempo e do espaço.
É permitir que a saudade se expresse em gestos líquidos, como se as lágrimas fossem pontes entre o aqui e o além. Cada gota, um elo invisível entre o presente e as recordações que insistem em sussurrar no coração.
Chorar de saudade não é fraqueza, mas sim a coragem de enfrentar a falta, de reconhecer a importância do que já se foi.
É permitir que a saudade, feito chuva mansa, regue a flor da memória, fazendo-a florescer em cores vivas, mesmo nos dias nublados da ausência.
É como uma dança silenciosa entre a melancolia e a ternura, onde as lembranças se entrelaçam, transformando-se em fios que se desprendem do tear da ausência. O rosto molhado é um espelho que reflete a saudade, um espelho que se faz eco dos suspiros da alma.